Ele ficava por perto, rondando, sondando, a observando de longe por semanas dentro do prostíbulo sem emitir nenhuma palavra. Todas aquelas trocas de olhares mudos. Claramente obcecado, enciumava-se quando ela subia para os aposentos com outro. Ganhar seu dinheiro. É a vida dela, nada podia fazer a respeito. Nenhuma outra garota o interessava, tinha o hábito de sentar-se em uma das poltronas de couro escondido entre a luz vermelha do ambiente e cronometrar no seu relógio de pulso o tempo que ela passava com os outros cavaleiros. Obcecado, mas nunca a contratou, nem por 10 minutos que fosse, seu prazer era assisti-la ser cortejada por homens que não pareciam ser tão interessantes e inteligentes quanto ele. Bebia pouco, o bastante para sentir calor e afrouxar a gravata. Uma noite recebeu além da sua bebida um bilhete em papel sem pautas, letra itálica.
Querido,
Ou me fode ou sai de cima.
Esses impasses não combinam comigo, se agregue à mim, resquícios seus não me satisfazem e pequenos sinais da sua presença não são o bastante. Não se engane, não estou pedindo para ser sua amante, apenas se decida.
Ou me fode ou sai de cima. (Por favor, me fode)
– Rejane Leopoldino
Conto perfeito para o que parece estar caminhando as eleições. Rsrs
Desculpa, só trazendo um pouco de humor, que a coisa tá complicada. Tá difícil pensar noutro assunto, e mesmo estando a léguas de distância.
Bom final de semana com mais contos!
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Hahahaha concordo com você, Miau. As coisas não estão fáceis por aqui.
Bom final de semana para você também! ❤️
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Hahahahah…
Sem palavras…
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Ahhaha veja onde minha mente foi parar nessas madrugadas da vida… 😘😘
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Então, fiquei pensando aqui – só pensando. 😀
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