Foi quando me movi que percebi que eu havia absorvido e me tornado 70% do que você me criou para ser. Eu ocultei – sem me dar conta – minha própria porcentagem e me tornei a versão feminina da sua imagem. Não me leve a mal, eu não odeio isso, você como figura paterna me criou com as referências que acreditava serem as melhores para mim. E acredite, eu absorvi bem todas as melhores referências que me deu. Mas há uma pequena parte dos (seus) 70% em mim que eu gostaria de mudar. E a cada dia o faço. Os 30% meus que você não tocou, hoje são 40%, e a cada dia volto a ser mais minha. Mas sempre haverá seu reflexo em mim, com todos os melhores ensinamentos que você fez questão de compartilhar.
– Rejane Leopoldino
Como absorvemos as referências de nossos pais ( figuras paternas ).
Curioso: quando meu irmão mais velho queixou-se com o dermatologista sobre «estar ficando careca» o médico lhe dissera que a genética é implacável. De aí meu irmão percebeu que eu não estava a ficar careca e reclamou com o dermatologista: vê lá, meu irmão mais novo não vai ficar careca. E o médico lhe respondeu: devias ter puxado a mamã. O mesmo parece ter ocorrido com o chamado DNA sentimental. Meu irmão é bem uns 87,9% meu pai, enquanto eu saí 99,8% mamãe.
Referências paternas…
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Paulo, isto é aquela velha metáfora de que dois irmãos gêmeos absorveram diferentes exemplos paternos, um dos irmãos fuma absurdos, pois o pai deu um “péssimo exemplo” em relação ao tabaco, já o outro não fuma pois o pai também deu um “péssimo exemplo” com o tabaco.
Em relação aos cabelos, compartilho da mesma história, meu irmão mais velho é calvo enquanto eu possuo a cabeleira de Capitu.
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